domingo, 30 de março de 2008

La Nuit Des Masques

La Môme

Com uma rosa eu vou
Mostrar ao meu amor
Toda beleza e luz
Que tenho em meu coração
Quem já me viu chorar
Não vai acreditar
Que hoje
É a mesma
Aquela dama a cantar

Não tem explicação
Não há desilusão
Que vá fazer meu peito
Parar de vez

Então me dê o tom
Maestro, por favor
Vamos mostrar ao mundo
Para que viemos, então
Não quero mais morrer
Não quero nem saber
De quem ainda
Não aprendeu a viver

Não tem explicação
Não há desilusão
Que vá fazer meu peito
Parar de vez

Agora vou partir
Mas estarei aqui
Sempre a cantar e sorrir
Para essa vida que
Nem sempre me fez feliz
E para a música, que um dia
Me fez existir
Lá, rá, lá, rá, lá rá
Lá, rá, lá, rá, rá...


"Allez, venez, Milord!/ Vous avez l'air d'un môme!/ Laissez-vous faire, Milord/ Venez dans mon royaume:/ Je soigne les remords/ Je chante la romance/ Je chante les milords/ Qui n'ont pas eu de chance!/ Regardez-moi, Milord/ Vous n'm'avez jamais vue.../ ...Mais... vous pleurez, Milord?/ Ça... j'l'aurais jamais cru!" - Milord -


Ps: Uma singela homenagem à Piaf.

Beijos e até!

quinta-feira, 27 de março de 2008

Essa Passou

Fora

Um barulho constante
Sinais que se fecham
Alertas por pouco
Coisas que me tiram o sono
Gritos sem motivo
Sem aviso
Julgamentos
Pouca leveza
Me tira do ar
Má vontade
Negatividade
Bipolaridade
Me faz irracionalizar
Sem cabeça
A voz sobe
As palavras descem
Não me toque!
Respiro, escrevo
E me culpo
Será que nunca perderei os escrúpulos?

Beijos e até!

Gesubambino

Aos 33

Pretendo viver
Ser aquele alguém
Que povoa o meu imaginário
Quero não mais mentir
Não mais enganar
A mim
Aos 33 do segundo tempo
Quero marcar
Aquele gol
Marcar aquela alma que tanto amo
Pra sempre
Com as 33 chances que recebi
Não sei bem o que fiz
Mas com as próximas 33
Saberei bem
Com 33 amadas
Aprenderei a amar?
Com 33 magoadas
Conseguirei descansar?
Tenho 33 qualidades
E mil defeitos
Tenho 33 talentos
E alguma falta de jeito
Também tenho muita vondade
De que mesmo?
Com mais de 33 anos
Serei um velho conhecido da vida
Esse poema, com 33 frases
Se tornaria perfeito
Mas quem sou eu
Para me achar tão correta
Com 33 linhas eu poderia dizer
Tão pouco do tanto que penso


PS: Para alguém especial...


Beijos e até!

terça-feira, 25 de março de 2008

Cordão

Poeminha Envergonhado

Ele disse
Falou tudo pra mim
Tudo de mim
O que bem quis
E eu, ali
Boca
Não mais Chiusa
E coração aos pulos
Nem sempre se recebe
Carinho, assim
Por transferência
Que essas palavras
Se tornem a nossa realidade
Que transformem a vida, hoje
Tão sem graça
Em um conto
Um canto
Pra sempre...

PS: Para Diogo Gomes, o meu amor em forma de poema...

Até o fim

Muito prazer

Diogo Gomes

Prazer de conhecer
Prazer em ler
Prazer de poder compreender

A história dessa gata
Que quase que diariamente se renova

A história da gata ansiosa
Um dia brava
No outro prosa
Que quer saber ontem
O que será do amanhã

Relaxa, goza, curte
O que é teu está guardado
Ninguém vai tirar de ti

Tudo tem seu tempo
Seu talento
Brilho, e hora para acontecer

Você não é diferente...

Relato de um amigo...
Jovem, porém maduro
Que sempre q pensa em futuro
Enxerga a o seu sucesso

PS: Ele escreveu, mandou muito bem e escolheu até o nome do post! Obrigada Dioguito!

segunda-feira, 24 de março de 2008

O que será? (à Flor da Pele)

Novo Amado

Vontade de sentir
Aquele desejo genuíno
Que treme paredes
Que desarma toda e qualquer reserva
O ventre desabrochando
Contraindo
E dilatando
O coração
Cheio de sins e afins
Vontade de sentir o momento de entrega
O movimento
De novo e de novo
Saudade daquele fogo
Do amor
Que devasta todo e qualquer sentido
Que arde nos olhos e aguça os ouvidos
Sentir a pressão
Aquela respiração
Completamente alterada
Por mim, só pra mim
De ser o centro de uma alma
De povoar o imaginário
De quem me conhece tão bem
Vontade de ter um novo
E completo amado
Que perdure
Que se mantenha sempre
Não só dentro de mim
Que me envolva em seus braços
E aceite o meu sim

Beijos e até!

quarta-feira, 19 de março de 2008

Trocando em Miúdos

Abandono do bem

Ai moça
Não pense que a luz vai apagar
Por tão pouco
Não transfira o que há de melhor
Para um mal temporário
De que adianta
Tanto lamento?
Quem não sofre
Não vive
E só vive
Quem se dá a viver

Um chorinho aqui
Um sorriso acolá
Fiz esse sambinha, amor
Só para te animar

Não fique pensando
Que existe um remédio
Não busque aqui fora
O que só tem aí dentro
A cura para o peito que aperta
É o tempo quem dá
E esse antídoto
Ninguém se nega a provar

Um chorinho aqui
Um sorriso acolá
Fiz esse sambinha, amor
Só para te animar

Um dia você acorda
E pergunta
Cadê?
Da fresta
À porta aberta
Sol, flores e cheirinho de bolo
Vão enfeitar o seu
Antigo outono
A tristeza se foi
Sem deixar nem bilhete
Enfim um abandono do bem
Que traz a paz
Não importa a quem

Um chorinho aqui
Um sorriso acolá
Fiz esse sambinha, amor
Só para te animar


Beijos e até!

PS: Sambinha pra Dani!

segunda-feira, 17 de março de 2008

A Noiva da Cidade

Para Quem já Se Foi

Aceitei meus defeitos
Mas não a troca
Perdi meu brilho
Tempos depois
O reencontrei
Debruçado em uma janela
Para fora de mim
Até quando durará o seu natal fora de época?
Por quanto tempo
Carros e ferramentas funcionarão?

O que foi trocado
Não mais aceitará devolução
Via de mão única
Única mão
Querendo ou não

Quando o inverno chegar
Que casacos vestirá?
Quem dividirá a cruz com você
Quando essa mentira acabar?
Em minhas memórias
Nem todas as dívidas foram pagas
Mas não aceito devolução
As lágrimas estão perdidas
As noites nunca mais serão dormidas
Por quanto tempo
Esse refúgio lhe protegerá?

O que foi trocado
Não mais aceitará devolução
Via de mão única
Única mão
Querendo ou não


Um coração parado
Que muito me bateu
Agora volta a pular
Cantar e dançar
Quem amou e esqueceu
Essa não fui eu
Minhas trocas
Me valeram
Minhas lembranças
Te esqueceram
Adeus!

O que foi trocado
Não mais aceitará devolução
Via de mão única
Única mão
Querendo ou não


Beijos e até!

domingo, 16 de março de 2008

Amigo é pra essas Coisas

Nós, Elas e Eu

Armas de fogo
Bélica amada
Que brincadeira foi aquela
Teria tradução para aquele sorriso?
Não soubemos decifrar
Quando uma se aparta
Das que sempre estiveram por lá
Cria um vento gelado
Sempre a soprar
Todas fomos uma
E ainda
Uma mais diferente que a outra
Todas tão iguais
Uma que cria
Uma que guarda
Uma que quer procriar
Uma que canta
Uma que costura
Uma que quer costurar
Lá vai aquela
A mais bela não sei destacar
Ainda Somos todas em uma
Ainda Somos as que sempre vão estar


Beijos e até!

Ela Desatinou

Caça-Palavras

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POR ONDE ANDARÁ MINHA
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Beijos e até!

sexta-feira, 14 de março de 2008

É Tão Simples

Braile

Leia
Preste atenção!
Leia meus sinais
Leia meus lábios
Beije
Olhos bem abertos
Eu olho
Pra você
Além
Além mar
Quem me olha
Nem sempre vê
O que meus olhos escondem
Você não vê?
Então
Agora descanse os olhos
Olhe essa sensação
De não ver nada
E de sentir tudo
O cheiro
Do momento
O paladar dos meus
Olhares
Que gosto tem?
Sinta com as mãos
Leia meu corpo
Desvende a minha obra
Tire os véus
Veja
Não sou eu
Aquela fortaleza


Beijos e até

quarta-feira, 12 de março de 2008

Baticum

Palmas


Estalar de dedos
Ranger de ossos
Bater palmas
Sinto na palma da minha mão
Um ar de aprovação
Utilizo da planta
Da mão
O tom de sim e não
Atenção!
Bato palmas de alegria
Para a minha vizinha
Que lá de longe vem
Bato palmas de ironia
Em meio àquela briga
Tão triste e vazia
Bato
Porque não me calo
Frente ao que é belo
Bato porque me canso
Dos palmos que medem nossa distância
Bato
Bato palmas
À minha intolerância
Bato ao instante perfeito
À surpresa que eterniza esse momento
Uma salva de palmas
Palmas
A todos esses sons
Que saem, quase sem querer
Das palmas das minhas mãos


Beijos e até!

Cálice

Bocca Chiusa

E eu digo basta
Àqueles que não possuem verbos, substantivos
Muito menos adjetivos
Por favor
Ó Deus das palavras
Perdoe aos que não as fazem brilhar
O óbvio me cansa
Revolta
Não só sei cantar palavras
Não só sei dos tons
Sei mais do menos
Que cor tem a coragem?
Vermelha, azul ou branca?
Digo, profiro, repito a todos
Salve às palavras
Baixinho ou em grito
Digo, profiro, repito a todos
Escutem o silêncio
Dos sons do medo

Beijos e até!

segunda-feira, 10 de março de 2008

Valsinha

Brinde a Quem Vier

Quero que meus sonhos prossigam e tomem forma
Acredito em tempos mais suaves e gentis
Por onde passei
Semeei o amor
E por isso
Espero o tempo de colheita
Aprendi nesses anos vividos
Que muitos outros virão
Melhores ou piores
Não importa
Pois as mudanças
Já brotaram em mim

Beijos e até!


PS: Para Pati

domingo, 9 de março de 2008

Mulheres de Atenas

Domina

Ela pode te deixar em fúria
Te provocar à erupção
Pode lhe tatuar a alma
Com seu poder de interrupção
Quem escapa do seu legado
Nunca mais encontra um chão

Ela tem o poder
O poder é todo dela

Mãe da terra
Governa o sol
e se transforma em lua
Quando bem quer
Esse brilho te cega
E não te deixa dormir
Do chão brota seu ventre
Do mesmo chão que nascem as flores
Do mesmo perfume

Ela tem o poder
O poder é todo dela

Não há homem
Que resista a essa energia
Não há homem que não queira
Essa magia
Em seu braços
Jaz a alegria dos fracos
E a tristeza dos bons
Que a ela se curvam
Que a ela se entregam

Ela tem o poder
O poder é todo dela

Essa mulher que cara tem?
Às mais belas
Já deu à luz
Às mais feras
Já deu mansidão
Não tem do que reclamar
Pois dela os Deuses parecem gostar

Ela tem o poder
O poder é todo dela


Beijos e até!


PS: Mãe! A "Maníaca do Roma", atacará novamente! Hihihi!

Moto-contínuo


Eros e Psique

Fernando Pessoa


Conta a lenda que dormia
Uma Princesa encantada
A quem só despertaria
Um Infante, que viria
De além do muro da estrada.

Ele tinha que, tentado,
Vencer o mal e o bem,
Antes que, já libertado,
Deixasse o caminho errado
Por o que à Princesa vem.

A Princesa Adormecida,
Se espera, dormindo espera,
Sonha em morte a sua vida,
E orna-lhe a fronte esquecida,
Verde, uma grinalda de hera.

Longe o Infante, esforçado,
Sem saber que intuito tem,
Rompe o caminho fadado,
Ele dela é ignorado,
Ela para ele é ninguém.

Mas cada um cumpre o Destino
Ela dormindo encantada,
Ele buscando-a sem tino
Pelo processo divino
Que faz existir a estrada.

E, se bem que seja obscuro
Tudo pela estrada fora,
E falso, ele vem seguro,
E vencendo estrada e muro,
Chega onde em sono ela mora,

E, inda tonto do que houvera,
À cabeça, em maresia,
Ergue a mão, e encontra hera,
E vê que ele mesmo era
A Princesa que dormia.

E Se...

Príncipe de Hera

Quem é esse homem
Que anda por ruas onde jamais passei
Porque se envolve em roupas que jamais usarei
Como reconhecer a face que nunca mirei?
Acerto em pedir que volte
Mesmo sem nunca ter partido
Acerto em pensar que ele se esconde
Mas como?
Se ele mora em meus pensamentos
Sinto o seu cheiro
Imagino seus beijos
Durmo pensando
E acordo sonhando
Que príncipe é esse
Que esconde seus louros?
E esse gosto na boca
Que acaba comigo
Amora, cereja, morango
Me perco em pensar
Que esses braços
Que nunca senti
Vão para sempre
Me embalar

Beijos e até

PS: Eros e Psique...

sexta-feira, 7 de março de 2008

Ela Desatinou

Napoleana

Com um imaginário
Onde habita
Um leão, que por vezes se transforma em macaco
As flores tem sabor, não mais cheiro
Onde as árvores dançam
Ao som do instrumento que invento tocar
As roupas tem vida própria
E me vestem
Quando bem querem
A quem distraio?
E você
Se distrai de quem?
Navego por mares que bem entendo
Nas horas onde sou Rei
Rainha e boba
De uma corte
Que só faz à corte a mim
Meus cabelos
Servem para medir o vento
E como venta por aqui
Nessa cabeça
Ora oca, ora louca
Ele insiste em desarrumar o que não tem mais jeito
Desse jeito
Brinco com o que quase parece normal
Vivo e morro
Nesse mundo
Quase sempre real


Beijos e até!

quinta-feira, 6 de março de 2008

Cotidiano

Quanto pesa?

Que cansaço me dá essa busca
É o sucesso, é o prazer, é o ouro
Tenho que me relacionar
Ser a mais bela
Abrilhantar ambientes
Estudar
Tenho que arranjar mil maneiras de caminhar
Na corda, na linha, adiante
Tenho que me realizar
De qualquer jeito
A que preço?
Não posso engordar
Não devo xingar, brigar
E nem gritar
Meu pai já disse
Para eu me manter sempre de pé
Sem me curvar
E quando a cruz pesa?
É o carro, é o teto, é o pão
Às vezes o chão sai andando
Até quando acordarei cantando?


Beijos e até!

segunda-feira, 3 de março de 2008

Porque Era Ela, Porque Era Eu


Canção para Ela

Sinto que há alguém
Que por onde vou
Marca meus passos
Cuida de mim
Para onde estou indo agora?
Olho para o céu e sinto uma estrela
Que me guia
E brilha, e brilha...
Pelo caminho vou plantando flores
De afeto e alegria
E isso marca os meus passos
Eu rezo e peço
Pelo andar de todos
Para que estejam sempre comigo
Aqueles que trazem o bem como escudo
No meu caminho nasceram as flores
Eu sinto o perfume
Amor-perfeito
É perfeito
Esse amor que marca os meus passos

Beijos e até!

sábado, 1 de março de 2008

Copo Vazio

Espaço

Há vazio em um lago, em um rio
Há vazio nos clarins da banda
Nas notas, no Tom
Nas letras, no Chico
Desarticulação
Em um mar, um bar, um lar
No espaço há vazio
Um vazio gentil e lunático
Não quero esperar em vão
Nesse vazio de horas
Há vazio nos poemas que faço
Nas músicas que ainda não fiz
Esvazio a alma com palavras que não digo
Minto que não existe esse vazio
Ainda acredito que há algo em mim


Beijos e até!

Acorda Amor


Perdoa, errei

Por todos os santos
Onde andava a minha cabeça!
Que confusão foi essa?
Que situação difícil, sem volta
Momentos de angústia e pressão
Sensação das mais malvadas
Sem amor, sem amor
Onde andavam meus critérios!
Haverá perdão
Para minhas fantasias distorcidas?
Toda essa infantilidade
Ainda vai me fazer
Retornar à barriga
Todo esse nojo
Não mais me serve
Onde andava o meu paladar?
Que gosto é esse?
O amargo da culpa
É o mesmo vazio do coração
Sem amor, sem amor

"Deixa eu brincar de ser feliz/ Deixa eu pintar o meu nariz..." - Todo Carnaval tem seu Fim (Marcelo Camelo - Los Hemanos)

Beijos e até!