quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Fantasia

Não quero contar piadas, quero rir do meu próprio fim
Quem sabe assim, ela me esqueça
Dorme consciência
Nem leve, nem pesada
A dor da gente, realmente
Sai no carnaval
De onça, arlequim ou colombina
Me reinvento
Me deleito em cores e sons
Opostos aos que reflito
Quero esses momentos para sempre
Acorda consciência
Nem leve, nem pesada
Acorda para o mundo
Quero rir do meu próprio início...

"É carnaval, é a doce ilusão/ É a promessa de vida no meu coração..."

Beijos e até mais!

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Vai Levando



Ontem a minha boa e velha turma de colégio se reuniu para comer uma pizza (com as mãos). Senti, pela primeira vez, que nós crescemos. Todos temos nossas carreiras, bem sucedidas ou a caminho disso, alguns já casados outros com filhos e isso é maravilhoso! Nos conhecemos há, no mínimo, 18 anos, saímos do colégio há 13 e nunca nos separamos. Acompanhamos a história uns dos outros, amadurecemos juntos.
Mas por mais que tenhamos crescido, não adianta, quando nos encontramos a nossa porção adolescente vem à tona e é só alegria!!! Nós quase morremos de rir relembrando histórias, nos atropelamos para falar, berramos... nos nossos encontros vale tudo, porque a gente se respeita e se ama. E preparem os seus corações, porque a nossa festa dos 30 anos está chegando!! E para resumir os meus sentimentos com relação aos meus amiguinhos, como sempre ele, Chico:
"Mesmo com toda a fama, com toda a brahma/ Com toda a cama, com toda a lama/ A gente vai levando, a gente vai levando, a gente vai levando/ A gente vai levando essa chama..."

E "vamo que vamo", que o amor não pode parar!

Beijos e até mais!

domingo, 27 de janeiro de 2008

Sempre em Frente

Perder pessoas sempre é muito ruim. Temos um sentimento de posse com relação a matéria alheia, muito forte. Adoraria crer e me sentir completa, apenas através de energias, encontro de almas ou sonhos, mas é complicado. Minha parca evolução ainda não permite.
Essa semana perdi um ex-colega de colégio. Não tínhamos mais contato havia algum tempo mas, mesmo assim, fiquei bem triste. É muito estranho e assustador quando alguém que tem a nossa idade morre, não é normal, afinal somos muito jovens e temos muitos sonhos a serem sonhados e realizados.
Minha turma também se abalou e, como sempre se uniu, pois não podemos deixar a peteca cair. Em 13 anos nunca deixamos, não seria agora. Hoje estive na missa de sétimo dia (um ritual que eu abomino, mas...) e pensei em parar de perder tempo com bobagens, pensei em deixar os velhos fantasmas para trás. Dar um tchau mesmo. Acho que o Marcelão era um pouco assim, vivia sem medos, sem travas. Em algum momento, lá na igreja, um "anjinho de olhos verdes" soprou ao meu ouvido:"larga a mão de ser boba, minha filha! Vai viver!". E que assim seja.
Seguir em frente nem sempre é fácil, às vezes eu me deparo com muros intransponíveis, e o pior: tenho consciência de que terei que dar um jeito de pulá-los! É mole? Não. Mas não tem como evoluir, sem passar de fase no jogo...

Beijos e até mais!

sábado, 26 de janeiro de 2008

História de uma Gata

Já faz algum tempo que a vontade de escrever não tem me deixado em paz, assim como tantas outras vontades não me deixam... até que li a iniciação do meu amigo Xami (dedico esse primeiro post a ele) nesse mundo da escrita moderna, e amei! Na realidade, eu já fiz isso por muito tempo, adorava escrever no meu diário. Nele, eu falava desde o meu primeiro xixi do dia até o último escovar de dentes. Com certeza ele cumpria a sua função, seja ela qual fosse: terapêutica, registradora e tudo mais. Não sei bem porque eu parei de registrar os meus dias, só sei que sinto muita falta de escrever. Nem a minha faculdade de Jornalismo supre essa carência, pois sinto falta de criar textos, à mão livre mesmo. Sendo bem literal: o tema que der na minha telha. Agora, acho que encontrei a saída, ou a entrada...

O nome

O blog tinha que ter um nome e ele veio fácil. Nada melhor do que uma música do Chico Buarque, afinal, as legendas da minha vida quase sempre são assinadas por ele. Para mim, ninguém mais escreve desse jeito, poucos me tocam tanto à alma. A História de uma Gata permea a minha vida nas mais diversas fases, desde as tardes da infância ouvindo o disco dos Saltimbancos, até hoje, não só por ser a minha música preferida mas por eu cantá-la tão bem. A frase: "Pela rua, virando lata/ Eu sou mais eu, mais gata/ Numa louca serenata..." traz à tona a minha vontade de viver a vida e de engolir o mundo. Me redime e inspira. Definitivamente, é um belo nome.

Agora que as apresentações já foram feitas e os motivos explicados, vamos à história...

Beijos e até mais!