quarta-feira, 4 de abril de 2012

Embolada

Incidental

Rima rica em verso e prosa
Fluência em toda a parte
Ele vem que vem
Convidou pro samba a dois
E ela nada
Todo mundo sabe
Que feijão e arroz
Liga
Quem tem juízo
Vai no miudinho, miudinho (oh...)
Caça com caça dá no quê?
Sei não...
O que se sabe é que ele pega no colo, embala
E faz graça
Enquanto ela finge que nem vê
Pô, neguinho manda ver!
Faz rima até mais tarde
Depois reclama que tem sono de manhã (Eu faço samba e amor...)
"-São só duas quadras
Vem pra cá"
"- Te liga!
Tá quase na hora de acordar"
E assim a coisa vai
Ele e ela
Ela e ele
Só no charme
Nota com nota dá no quê?
Acorde ( Já é madrugada...)

*Incidentais: Ben Jor e Buarque

Um grande beijo!

Choro Bandido

Você

Você pode dizer o que for. Assistir a novela que quiser. Vestir o óbvio ou não. Você pode disfarçar ou escancarar. Abrir a boca ou racionar verbos. Você pode. Escrever melodramas ou contos de fadas. Viver devagar ou apressar o passo e o tempo. Apaixonar-se, desapaixonar-se ou usar e abusar do seu lado mais animal. Você pode bater. Você pode apanhar. Você pode. Pode partir ou ficar. Fugir ou encarar. Pode ter medo de altura ou voar sem asas. Proteger-se ou abrir-se em portas e janelas. Desabrochar. Ensolarar, enluarar, brilhar. Dar a cara a tapa ou a beijo. Dar sem receber ou cobrar juros. Vencer. Perder. Empatar. Encantar. Tocar ou não. Encostar ou não. Cantar com o corpo, olhos, nariz e boca. Respirar. Usar o diafragma em sua totalidade ou prender a respiração. Descobrir seus limites. Ultrapassar. Recuar. Pisar na linha. Espiar da borda. Deslumbrar. Vislumbrar. Acreditar. Eu acredito. E você pode. Você pode tudo. É só acreditar.


Um grande beijo!