terça-feira, 31 de julho de 2012

Ela Desatinou

Dos Inícios


Amor é construção. 
É entrar pé por pé no coração de alguém
É querer assistir a pré e a pós produção
Amar é um ato de enfrentamento, é desatar-se sem ajuda 
Movimento solo rumo ao duo
Amar é administrar as dualidades
É demarcar espaços, redigir contratos, assumir o risco
Coragem
É perder o medo de perder liberdades
Porque só o amor nos faz voar
E o vôo é livre




Um Grande Beijo!

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Barafunda

Ossobuco


Um Grande Beijo!





Sinhá

Das Frestas


Tem a saudade que dói no peito, a que estica as horas até que elas quase arrebentem. Tem também, aquela saudade que te deixa mais vivo, a que te faz aprender a contar segundos e a que não te abandona nem em sonho. Saudade: sentimento fiel, persistente e impiedoso. Mas há quem se acostume. Há quem não viva sem ela, seja por escolha ou pirraça do destino.




Um Grande Beijo!

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Cala a Boca, Bárbara

Desfeito

Havia um espaço além do reservado
Todos sentaram
Mas aquele café ninguém provou
Biscoitinhos se perderam entre palavras amargas
Sem açucar ou afeto
E o bolo não cresceu
Mas fermentou aqui dentro
Na boca?
Fel e só
Diante ao constrangimento
Disse adeus às palavras
Eloquência fora de área
Fora de eixo
Daquele momento em diante
O mundo girou
E parou em outro lugar
Onde a afeição está sempre fresquinha na bandeja
À mão
Para quem quiser provar



Um Grande Beijo!!!



quarta-feira, 11 de julho de 2012

A Cidade dos Artistas

Minha Casa


Andando pelas ruas
Deixando o som natural soar
O sonoro anúncio que me faz descer do metrô
As buzinas, o ronronar das folhas
Os ambulantes, o pedalar das bikes
E outras tantas conversas
Se misturam em mim
De casa em casa
Procuro a minha
A cada palma batida
Uma esperança revivida
E só aqui nessa história
O não é mais fácil que o sim
Mas a gente é "acreditadeiro"
E não desiste nunca
A cada cheiro, portão
Porteiro
De muro em muro
De chave em chave
Eu vou
Explorando novos mundos a cada porta que se abre
Certa de que fui me deixando pelo caminho
Aos pedacinhos
Nas decorações que inventei
No vaso de flores naquela mesa que nem comprei
No tapete estendido no meu estar ideal
É o concreto brincando de irreal
No final do dia
Já com a música que escolhi
Me recolho do externo
Volto para casa que não tenho
Mas com a sensação 
De que moro em mim e fim.


Um grande beijo!

domingo, 8 de julho de 2012

Gota D'água

De Assalto

"Se eu roubei
Se eu roubei teu coração
Tu roubaste
Tu roubaste o meu também..."

Agora quero o meu de volta!
Mesmo sem ter o que lhe dar em troca
Tive inveja da sua vantagem
Meu coração
Vibrante, te iluminando
Jóia rara de rubi
Nesse assalto mútuo 
Só me fodi
Caí no golpe mais batido
Seu coração só deu defeito
Pulsando por todo lado
Menos em mim
Meio Medéia
Meio Joana
Possessiva, ciumenta
Venenosa
Botei seu coração no prego
E quando descobri a pouca valia
Sangrei todo o sentimento
Até a última batida


Um grande beijo!



domingo, 1 de julho de 2012

Trocando em Miúdos

Sem Definição

Chegou em casa em silêncio. Tirou e guardou, cuidadosamente, cada pulseira e seu único brinco, um coração gigante. Despir a roupa, apenas completou aquela sensação de nudez que a acompanhou desde aquela grade. Sensação vergonhosa e palpitante, que atravessou bairros com ela, a seguiu durante a curta caminhada pelo meio da rua e subiu com ela o elevador.
No banheiro, tirou o batom vermelho com força. Encarou o espelho no olho, tentando entender o que se passava lá dentro. Lavou o rosto. Escovou os dentes. Fez xixi.
Isso tudo é bem íntimo.
E há que se ter cuidado com essa intimidade toda...
Voltou para o quarto totalmente nua, totalmente muda.
Mandou uma mensagem às amigas e voltou ao seu silêncio.
Defina silêncio.
Aos poucos ela foi entendendo que aquela grade deveria ser um muro sem frestas. Bem como seu coração.
Que aquele que estava ali, poderia ser qualquer outro. Que roupa não protege. Que não há escudo contra o que vem de dentro.
De repente, tudo virou imperfeito do indicativo
Ela esfacelava cada pedaço de razão, que feito uma comorbidade, cobria seus sentimentos.
Ele não imaginava da missa o terço.
Ela fazia movimentos inversos aos sentimentos, sem nem sentir. Até que foi auto-desmascarada por entre frestas.
Ele de um lado do mundo
Ela de outro.
Entre eles havia um 


A
B
I
S
M
O


E só.
Nada mais.
Mais nada.