terça-feira, 29 de abril de 2008

A Foto da Capa

Para Fora de Mim

Unir forças
Ranger de dentes
Qual o preço da aceitação?
Rejeição
Não obrigada
Abstinência
Não me canso de querer
Perder esse pesar
Muito peso, por nada
Qual o preço da capacidade?
Exercício
Batimentos
Eterno exercitar
De cérebro
Quando terá início?
E fim?
Como faço para sair de mim?
Qual o preço da vaidade?
Se não der
Se eles não forem embora
Agora
Eu não quis?
Não pude?
Qual o preço da virtude?


Beijos e até!

segunda-feira, 21 de abril de 2008

A Cidade Ideal

Lembrar de Esquecer

Tenho que lembrar de ser
Aquela que sempre sabe tudo
Que exorcisa os fantasmas
Para algum lugar bem longe daqui
Lembrar de ser a mais forte e tesa
De não levar desaforos a lugar algum
E de, também, nunca dizê-los
A saída por cima
Nunca deve ser esquecida
Tenho que lembrar de ser mais eu
Mais todos
Em uma só
De ser boa
E gostosa
Lembrar de ser mulher
Linda
Ter o corpo rijo
Esquecer de chorar
Esquecer dessa solidão que quase mata
Lembrar de parecer sempre
Com aquela diva
Com aquela luz
Esquecer do escuro que abrigo
Lembrar de lembrar
Quem sou eu


Beijos e até!

Bancarrota Blues

Barulho

Silêncio
Uma pausa dramática
Muito barulho
Em nada
Com os ouvidos atentos
Escuto o que ninguém fala
Esse medo
Que se tem
Do nada a dizer
É
Por não se ter mais o que ouvir
Ou pela ausência de conteúdo?
Barulho, barulho, barulho
Esse embrulho de sons
De onde vem?
Não entendo o seu som
Nem comento se é bom
Apenas escuto
O silêncio acabou
Meu Deus
Tava tão bom!


Beijos e até!

sexta-feira, 11 de abril de 2008

A Permuta dos Santos

Às vezes uma coisa leva a outra
Um comentário
Vira o centro
De tantos sentidos
Enquanto isso
Monto o meu cenário
Cada vez mais perfumado e colorido!

Obrigada pelo texto! Lindo demais!


O Fora de Mim Físico

Jeferson Haas

E agora, pequeno novamente
Sem chance para a maior prova de amor
Corrompendo meu discurso, demagogo, assim
Sem chance para dar a mão ou receber a troca

Tempo de mudança
Gira-gira, não mais criança
Tempo de insensatez
Tentando ser feliz...

Ontem, as paranóias do passado
Hoje, a soma das negações
No meu rosto empalhadas

Tempo de mudança
Rodar pião, não mais criança
Tempo de insensatez
Esquecendo de ser feliz...

Sem chance para a resposta positiva
Sem chão para encontrar uma saída

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Geni E O Zepelin

Corpo Estranho

Tudo nela parece desajeitado
Fora do lugar
O nariz
O cabelo
Emaranhado
Tem um caminhar engraçado
Um olho esbugalhado
Que olha não sei pra quem
Com que andará a dividir
Seus sonhos?

Que males são os que vem
Para o bem?
Eu não sei

Que olhares permeam
Seu corpo
Com que gosto?
O português é errado
O pensamento prejudicado
O levar da vida desengonçado

Que males são os que vem
Para o bem?
Eu não sei

Castigo foi o seu parto
Desapaixonada de nascença
Não há doença, nem crença
Que a demova
A idéia é sempre a mesma
Persiste
Essa infinita solidão
é assim
Tão feia, burra
e triste

Que males são os que vem
Para o bem?
Eu não sei


Beijos e até!

domingo, 6 de abril de 2008

A Mão da Limpeza

O Retorno de Saturno

Estava ali sentado
De longe
Não parecia nada
Um olho se abria
Enquanto o resto dormia
Sei que ainda consigo lembrar
O que todos pareciam
Ter esquecido
Nas placas
Setas
Nos desenhos
Alerta
Por onde vou
Onde quero chegar?
Perto e longe
É logo ali
Meus passos
Transformarão o caminho
Nos cantos
Em mim
Procuro sons
Que nunca ouvi
Quem sabe?
De hora em hora
Aquele momento, é pra agora?
Menos ilusão
Menos amarras
Nas buscas, nas ruas
Nas notas que faço
Deixei para trás
O cansaço de quem nunca tentou
Tomei posse de um destino
Até ontem andarilho
Por terras sem fim
Agora sei onde encontrar meus sonhos
Agora sei onde buscar o melhor em mim


Beijos e até!