quarta-feira, 29 de abril de 2009

Festa Imodesta

Autos do Moinhos

Oi
Segura que eu tô chegando
Vai afinando o João
E fazendo todas as ligações costumeiras
Aproveita
E te aligera
Vacina o gato preto
Que eu tô chegando
Já vai botando o refri no gelo
E acendendo aquele incenso que eu te dei
Convida a Mirtes e o Serginho
E avisa o Antoninho
Que eu só vou pegar o bócha
E já tô indo
Eu tô chegando
Para sentar a lenha
Pra tirar tudo do lugar
Pra esculhambar
Eu tô chegando
Pra te incomodar
Pra gargalhar
Eu tô chegando
Pra cantar
Pra falar
Um grande beijo
Eu tô chegando
Pra juntar todo mundo
Eu tô chegando

Um grande beijo!

Ela e Sua Janela (II)

Ventania

Ele pergunta:
O que houve por aqui?? Tá tudo quebrado!
Ela, atônita, responde:
A janela ficou aberta...
E ele volta com toda a força:
Mas que janela, mulher???
Como quem não mais se importa
Ela diz:
A da alma
Em desespero, ele tenta:
E agora, tá fechada?
Ela sentencia:
Não
Alma, uma vez aberta
Nunca mais se fecha


Um grande beijo!

terça-feira, 28 de abril de 2009

Com Açucar, Com Afeto


Doce e Bárbara

De onde vem
Toda essa força
Jogada a cada nota
Quem poderia controlar
Tamanha intensidade?
Ainda não nasceu
Um cérebro capaz
Em cada gesto
No carmim que cobre o rosto
A cada fio de cabelo
Tem paixão
Gota a gota
E nunca seca
A beleza única
Em movimentos compassados
Pelo ritmo das palavras
Não mais cantadas
Agora ditas
A dama flutua
Pelo palco
Entre novo e o velho
Esse canto vem
Esse canto vem
Lá da Bahia
Esse canto vem
Esse canto vem
Lá de mainha


Um grande beijo!

domingo, 26 de abril de 2009

Dura Na Queda (II)

Tudonovodenovo

Mudei
Pra logo ali
Mas mudei
De ares, de pares
Mudei
Troquei o velho
Pelo que nem nasceu
Arrastei os imóveis
Troquei tudo de lugar
Inverti a ordem
Mudei
Sem nem sair do lugar
Viajei e ninguém viu
Mas ela filmou
A menina que virou mulher
De "perdida na avenida"
(Salve Chico!)
Àquela que sabe
Onde, quando
E como quer
Ela quer
Eu quero
E nós vamos!


Um Grande Beijo!

Um pedacinho do que vem por aí...
Por Laila Garroni.


Abandono

Meu Quinhão

Aprendi a esperar
Sem sofrer
Descobri
Onde reside a razão
E tudo foi passando
Voltando ao seu lugar
Quando me perguntam
O que houve
Que não houve
Digo que
Por mais que eu fale
Você não ouve
E que eu não me importo mais
O tempo leva e traz
Aprendi com meu silêncio
E com minhas idiotices
Sem sentido
O sucesso
Depende diretamente da realização
E eu não tenho pressa
Agora entendi o preço
De tudo que me custa
Então aguardo hoje
Pelo você
De amanhã...


Beijos e até!

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Deixe a Menina (II)

De Cordão

Tenho samba no pé
E um coração
Boca afora
Batendo na palma da mão
Tenho um pé no teu samba
Um desejo que bamba
Entre a loucura e a razão
Sim
Eu tenho um samba
Aos meus pés
De cordão
Desamarrados ao chão
Sim
Eu tenho um samba
Em minhas mãos
Que batem sem pena
Na cadência
No compasso
Eu tenho um samba
Sim
E digo mais
Eu sou um samba
Canção
Enredo de gente
Eu sou
Pra frente
De mansinho
Miudinho
Sim
Eu sou um samba
E fim

Beijos e até!

A Ostra e o Vento

Das Regras


O que até então
Parecia sólido
Tão constante quanto a minha
Falta de jeito
Começou a me desmanchar
Pelos pés
Assim
Sem regras
Ali
A boca também serviu para falar
E meus olhos
Para a eterna fuga
Tímida
Irriquieta
Exibida
A dicotomia em forma de...
Mulher?
O que me difere
Está nas entrelinhas
No sim
Que eu não digo
No som
Que ecoa pelo meu silêncio


Beijos e até!

domingo, 19 de abril de 2009

Carolina (II)

Tamanho Único


É bom voar
A liberdade
De Beauvoir
Sonhar a vida
Ser princesa, bruxa e fada madrinha
Ser todas na mesma
Se tudo o que eu não sou
Faz parte de mim
Então como me reinventar?
Cantar
É isso
O todo
Que de mim
Parte
Pulsante
Coração ambulante
Erra por toda a parte
Me bate
Bate sempre no mesmo lugar
Peito aberto
Que não deixa
Ninguém passar


Beijos e até!

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Pois é

Ilha de Edição

Se tudo o que não sou
Também faz parte de mim
Como faço para me reinventar?


Beijos e até!

domingo, 12 de abril de 2009

Eu Te Amo (II)

Delay

Sim
Eu quero
Dar
Não parece?
O céu
Aquele mesmo
Da outra canção
Da boca
O mar
Sem caravelas
Sem saqueadores
Nada de guerras
Sim
Quero dar
O peito
O seio farto
Duro de paixão
Grandes noites
Musicadas
Com os sons que vem
Nem sei de onde
Batidas ritmadas por
Risos descompassados
Repetidos silêncios
Felicidade
Sim
Eu quero dar
Flor
O ventre
Que dança
Por reflexo
Liberdade
Realidade e fantasia
E à medida que
Você for aceitando
Mais e mais
Vou me doando
Sim
Eu quero
Muito


Beijos e até!