segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Brejo da Cruz

Ponto-e-vírgula

Mãos atadas
Olhos vendados
Pés suspensos do chão
Ninguém percebe o meu desespero?
Não há quem se compadeça
E me liberte?
Sozinha, eu não consigo
Por mais que eu berre
Não ultrapasso a cortina
Dos ouvidos moucos
Que me cercam
Estou cansada das não-atitudes
De ser quase
De quase ter
Da ânsia que me consome
Não há alento
Nem respeito
A que mundo pertenço??
Subjetividade?
Tchaaaau, me esqueçam
Me deixem se burra!
Me deixem!
Que essa merda de voz suma
Me deixem ser muda!!!!

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