Mais que Soluço
Meu choro
É muito mais que lágrima rolando
É tristeza transbordando
Um rio
Escuro e turvo
Quando os olhos não
Conseguem ver o que vem pela frente
O peito aperta
E o nó se torna maior que a voz
Quando um dom se torna fardo
Quando um sonho
É difícil de ser alcançado
O peso, por vezes
Se torna maior que a vontade
Meu choro
É água sangrando
É mais que soluço
Um lamento molhado
Eu choro
Mas não desisto
Só desaguo para perder o peso
Pois a viagem é longa
E o caminho, seco
Mas não importa
Eu continuo sonhando
Beijos até!
quinta-feira, 28 de agosto de 2008
segunda-feira, 25 de agosto de 2008
Faceira
Essas, As Outras, Aquelas
Para tudo ela tem resposta
Eu, ouvido
Para as coisas que não estão postas
Revela
Em todos os cantos
Se mostra
Para eles
Ela é aquela
Que não fala
Berra
Que não esfria
Degela
É todas
Essas, as outras, aquelas
Se me quiser por um beijo
Desisto
Se me der um tapa
Revido
Quero o hoje
Agora
Para o amanhã
Nem te digo
Me cansei desse nada por dentro
Quero um amor novo
De novo e de novo
Soterrando meu peito
Beijos e até!
Para tudo ela tem resposta
Eu, ouvido
Para as coisas que não estão postas
Revela
Em todos os cantos
Se mostra
Para eles
Ela é aquela
Que não fala
Berra
Que não esfria
Degela
É todas
Essas, as outras, aquelas
Se me quiser por um beijo
Desisto
Se me der um tapa
Revido
Quero o hoje
Agora
Para o amanhã
Nem te digo
Me cansei desse nada por dentro
Quero um amor novo
De novo e de novo
Soterrando meu peito
Beijos e até!
quinta-feira, 21 de agosto de 2008
Cadê Você (Leila XIV)
Ela Fugiu
Num dia de chuva
Que chovia
Do céu e dos olhos
Me disse um engraxate loiro
Sabe o que é amor?
Nove anos com a nega
Sempre comigo
Ai que falta ela me faz
Volta nega
Volta
Ele se perguntava
E me perguntava
Tentando entender
Cadê minha nega?
Já procurei "por tudo"
Ela estava caminhando do meu lado
E sumiu
Devolve a nega
Devolve a nega
E ele continuava dizendo
Não consigo nem engraxar direito
Que falta essa nega faz
Ô nega
Faz dois dias
Que eu não te vejo
Será?
Volta nega
Senão eu choro
Volta nega
Volta
Beijos e até!
Num dia de chuva
Que chovia
Do céu e dos olhos
Me disse um engraxate loiro
Sabe o que é amor?
Nove anos com a nega
Sempre comigo
Ai que falta ela me faz
Volta nega
Volta
Ele se perguntava
E me perguntava
Tentando entender
Cadê minha nega?
Já procurei "por tudo"
Ela estava caminhando do meu lado
E sumiu
Devolve a nega
Devolve a nega
E ele continuava dizendo
Não consigo nem engraxar direito
Que falta essa nega faz
Ô nega
Faz dois dias
Que eu não te vejo
Será?
Volta nega
Senão eu choro
Volta nega
Volta
Beijos e até!
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
As Atrizes
Laço de Fita
Um laço de fita
Para amarrar a sua atenção
A um palco repleto
De rosas
A um palco tonto de doidas
Mulheres, meninas
Crianças
Com um top ou nó
Prender uma repiração
E num sopro de amor
Jogar todo o ar
Do peito
Direto para a canção
Chiquita Bacana
Maria Bonita, Nega Fulô
Somos todas
Somos uma
Quem vai querer comprar?
Jogamos sonhos das sacolas
Invadimos os lares
Que dancem os contentes
E cantem os aprendizes
Das nossas notas
Sai o todo
O melhor de nós
Beijos e até!
Um laço de fita
Para amarrar a sua atenção
A um palco repleto
De rosas
A um palco tonto de doidas
Mulheres, meninas
Crianças
Com um top ou nó
Prender uma repiração
E num sopro de amor
Jogar todo o ar
Do peito
Direto para a canção
Chiquita Bacana
Maria Bonita, Nega Fulô
Somos todas
Somos uma
Quem vai querer comprar?
Jogamos sonhos das sacolas
Invadimos os lares
Que dancem os contentes
E cantem os aprendizes
Das nossas notas
Sai o todo
O melhor de nós
Beijos e até!
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
De Todas as Maneiras
Paráfrase
Pergunta para Humberto:
E se a TV estiver fora do ar, quando passarem os melhores momentos da minha vida?
.
.
.
Pergunta para Humberto:
E se a TV estiver fora do ar, quando passarem os melhores momentos da minha vida?
.
.
.
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
Brejo da Cruz
Ponto-e-vírgula
Mãos atadas
Olhos vendados
Pés suspensos do chão
Ninguém percebe o meu desespero?
Não há quem se compadeça
E me liberte?
Sozinha, eu não consigo
Por mais que eu berre
Não ultrapasso a cortina
Dos ouvidos moucos
Que me cercam
Estou cansada das não-atitudes
De ser quase
De quase ter
Da ânsia que me consome
Não há alento
Nem respeito
A que mundo pertenço??
Subjetividade?
Tchaaaau, me esqueçam
Me deixem se burra!
Me deixem!
Que essa merda de voz suma
Me deixem ser muda!!!!
Mãos atadas
Olhos vendados
Pés suspensos do chão
Ninguém percebe o meu desespero?
Não há quem se compadeça
E me liberte?
Sozinha, eu não consigo
Por mais que eu berre
Não ultrapasso a cortina
Dos ouvidos moucos
Que me cercam
Estou cansada das não-atitudes
De ser quase
De quase ter
Da ânsia que me consome
Não há alento
Nem respeito
A que mundo pertenço??
Subjetividade?
Tchaaaau, me esqueçam
Me deixem se burra!
Me deixem!
Que essa merda de voz suma
Me deixem ser muda!!!!
domingo, 10 de agosto de 2008
O Velho
Pescador de Sonhos
Na história tem mar?
Tem
E cachorro?
Tem
Tem lutinha?
Sim
E roda gigante?
Não, muito perigoso
Ah...
Vamos ao parque?
Eu quero um chinelo novo, me dá?
E se eu fosse uma índia, qual seria o meu nome?
Lábios de mel
Esse era o meu nome
Na tribo
Que ele inventava
Ele
O Touro-Sentado
Um índio sem pelos e bem branquinho
Eu vidrada
Imaginando o arco e flecha
E ele era muitos outros
Cantor, ator, músico
Eu era o piano
A cada nota uma risada
Muitas cócegas
Aprendi a nadar, virei sereia
Ele era o mestre
Pescador e baleia
Mergulhador sem calção
Jogador de futebol, de volei
De cartas
Imbatível com elas
Motoqueiro fantasma
Voava...
Doido e zangado
Um chato
Me larga
Vai pro teu quadrado!
Ele fez tudo
O choro, o riso
As nuvens
O infinito
Foi ele
Tudo o que eu vejo
Vem dele
O que eu escrevo, o que eu penso
O que eu sinto
Foi ele quem fez
Foi ele quem me fez
PS: Para meu pai, com amor.
Beijos e até!
Na história tem mar?
Tem
E cachorro?
Tem
Tem lutinha?
Sim
E roda gigante?
Não, muito perigoso
Ah...
Vamos ao parque?
Eu quero um chinelo novo, me dá?
E se eu fosse uma índia, qual seria o meu nome?
Lábios de mel
Esse era o meu nome
Na tribo
Que ele inventava
Ele
O Touro-Sentado
Um índio sem pelos e bem branquinho
Eu vidrada
Imaginando o arco e flecha
E ele era muitos outros
Cantor, ator, músico
Eu era o piano
A cada nota uma risada
Muitas cócegas
Aprendi a nadar, virei sereia
Ele era o mestre
Pescador e baleia
Mergulhador sem calção
Jogador de futebol, de volei
De cartas
Imbatível com elas
Motoqueiro fantasma
Voava...
Doido e zangado
Um chato
Me larga
Vai pro teu quadrado!
Ele fez tudo
O choro, o riso
As nuvens
O infinito
Foi ele
Tudo o que eu vejo
Vem dele
O que eu escrevo, o que eu penso
O que eu sinto
Foi ele quem fez
Foi ele quem me fez
PS: Para meu pai, com amor.
Beijos e até!
Ciranda da Bailarina
História e Ficção
Por onde fui
Já cheguei
Rodando dentro dos ventos
Que sopram da minha cabeça
Desorganizo as idéias
Para voltar a pensar
E deixo, deixo
Deixo
A ilusão me guiar
Danço para os seus olhos
E com passos de bailarina
Divirto o seu coração
Com leves toques
Destravo o peito
O choro é água lavando
Toda a mágoa
Agora tudo brilha mais que luz
E a bailarina
Dançando
Enquanto a solidão vai levando
Beijos e até!
Por onde fui
Já cheguei
Rodando dentro dos ventos
Que sopram da minha cabeça
Desorganizo as idéias
Para voltar a pensar
E deixo, deixo
Deixo
A ilusão me guiar
Danço para os seus olhos
E com passos de bailarina
Divirto o seu coração
Com leves toques
Destravo o peito
O choro é água lavando
Toda a mágoa
Agora tudo brilha mais que luz
E a bailarina
Dançando
Enquanto a solidão vai levando
Beijos e até!
terça-feira, 5 de agosto de 2008
Choro Bandido
Leitura da Cegueira
Os olhos em toneladas
Úmida face
Respiração de hortelã
Queima e gela
Na cabeça
Milhares de sentenças
Que não se encontram
Que não me fecham
E se eu escrevesse em português errado
Quem me julgaria?
Quem me condenaria à classe dos sem bons adjetivos?
Que se dane a literatura!
Quem nunca teve o seu dia de g e j?
Quem nunca confundiu amor, pavor
E amizade?
Que atire o primeiro Aurélio!
Que atire algum pedaço do seu antigo
Inteiro coração
Cansei do texto feliz e certeiro
Eu desejo a todos
O poder multiplicador da dúvida
Só ela transforma
Continua...
Beijos e até!
Os olhos em toneladas
Úmida face
Respiração de hortelã
Queima e gela
Na cabeça
Milhares de sentenças
Que não se encontram
Que não me fecham
E se eu escrevesse em português errado
Quem me julgaria?
Quem me condenaria à classe dos sem bons adjetivos?
Que se dane a literatura!
Quem nunca teve o seu dia de g e j?
Quem nunca confundiu amor, pavor
E amizade?
Que atire o primeiro Aurélio!
Que atire algum pedaço do seu antigo
Inteiro coração
Cansei do texto feliz e certeiro
Eu desejo a todos
O poder multiplicador da dúvida
Só ela transforma
Continua...
Beijos e até!
Deixe a Menina
Samba Para Ela
Como num passo
De um samba feito para ela
A menina desencantou
E por uma noite
Pôs-se a dançar
Como se fosse a mais bela
Dançou, sorriu, cantou
No salão, só dava ela
Não havia a timidez habitual
A despeito da pintura
Que lhe corava a face
Os olhares certeiros
Não a intimidaram
E só por essa noite
A garota sorriu
Abram alas, cantem viva
Já é hora do tempo abrir
Abram alas cantem viva
A dor não mora mais ali
O seu corpo
Ainda fechado
Anuncia a hora das portas abrir
E encerrar um passado
Há muito guardado
Já cansado de tanto existir
Nas notas um sol
Brilhando no céu
Das bocas
Sorrisos
Pingentes da face
A quem tem asas
O vento ensina
E mesmo na neblina
Esse aprende a voar
Abram alas, cantem viva
Já é hora do muro cair
Abram alas, cantem viva
Venham todos aplaudir
Beijos e até!
Como num passo
De um samba feito para ela
A menina desencantou
E por uma noite
Pôs-se a dançar
Como se fosse a mais bela
Dançou, sorriu, cantou
No salão, só dava ela
Não havia a timidez habitual
A despeito da pintura
Que lhe corava a face
Os olhares certeiros
Não a intimidaram
E só por essa noite
A garota sorriu
Abram alas, cantem viva
Já é hora do tempo abrir
Abram alas cantem viva
A dor não mora mais ali
O seu corpo
Ainda fechado
Anuncia a hora das portas abrir
E encerrar um passado
Há muito guardado
Já cansado de tanto existir
Nas notas um sol
Brilhando no céu
Das bocas
Sorrisos
Pingentes da face
A quem tem asas
O vento ensina
E mesmo na neblina
Esse aprende a voar
Abram alas, cantem viva
Já é hora do muro cair
Abram alas, cantem viva
Venham todos aplaudir
Beijos e até!
sexta-feira, 1 de agosto de 2008
Ai, Se Eles Me Pegam Agora
Alice e seu Coelho
De fato, não nasci para paisagem
O mirante da minha vida
Não me acalma, nem conforta
Não consigo ser impávida
Por mais que eu tente
Mesmo presa nessa geleira
Não consigo esfriar
Sou quente
Palavra que borbulha
O tempo insiste em não me acompanhar
Fico esperando que ele me alcance
Muitas vezes chego a parar
Mas parece que estou sempre à frente
E ainda assim
Os ponteiros me apontam seus dedos em riste
E o velho tic-tac
Me cutuca à mente
"Seu tempo está passando, mocinha!"
Que medo de quem não sabe esperar
Que medo de mim
Um dia eu aprendo
E que esse dia seja ontem...
Beijos e até!
De fato, não nasci para paisagem
O mirante da minha vida
Não me acalma, nem conforta
Não consigo ser impávida
Por mais que eu tente
Mesmo presa nessa geleira
Não consigo esfriar
Sou quente
Palavra que borbulha
O tempo insiste em não me acompanhar
Fico esperando que ele me alcance
Muitas vezes chego a parar
Mas parece que estou sempre à frente
E ainda assim
Os ponteiros me apontam seus dedos em riste
E o velho tic-tac
Me cutuca à mente
"Seu tempo está passando, mocinha!"
Que medo de quem não sabe esperar
Que medo de mim
Um dia eu aprendo
E que esse dia seja ontem...
Beijos e até!
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