sexta-feira, 16 de abril de 2010

Alô, Liberdade (II)

Microtons


Tudo escuro
No show sem luz
Ouvido surdo de tanto escutar
Amor em microtom
De gomo em gomo
Sem gosto
Desgosto estampado no rosto
A música se ouvia
Mas a voz não saía
Nada é diatônico
Polifônico, decassílabo
Caótico
Ascendente decadência constante
Num ponto equidistante
Entre Tons, Chicos
E manés
Sem grana nenhuma
Acabou Fortuna
Acabou chorare
Nem de longe conseguia
Não lembrava nem do nome
Que tem a fome
O nexo perdido
Por onde andaria?
Toda aquela empatia
Se perdia na cara sem graça
Nos olhos pesados de mar
Na fala que não fala
Nada do que quer falar


Um grande beijo!

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