sexta-feira, 20 de junho de 2008

Cara a Cara

Nua e nada mais

Mais uma vez nua
Sem nada que me tape ou esconda
Em toda tela que vejo
Há uma pintura
Uma tinta que cobre
O que antes era cru
Em mim, não
Não tenho nada de cores
Mais uma vez aqui
Sentada sobre o meu medo
Esperando pelo que
Não sei
Se você me encontrar
Não me olhe com aquele espanto
De quem vê a carne
Baixe a cabeça
Ou suma do meu mundo
Mais uma vez inerte
Sentindo aquele peso
Do enorme vazio que carrego
Sentindo aquela vergonha dos que
Não tem
Mesmo que eu te varra
Você continua aqui
E mesmo que eu te exploda
Você insiste em existir
Mais uma vez nunca
Nunca mais te quero aqui


Beijos e até!

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