quarta-feira, 14 de maio de 2008

Amanhã, Ninguém Sabe

Mão

Está tudo escrito em meus traços
Nas palmas
Cada contorno, cada ponto cego
Tem olhos que enxergam
E lêem, claramente
O emaranhado
Quantos traços são necessários para a construção de um caminho?
Não quero retornar para contar
O marca-passo
Agora, está ligado
As linhas cruzadas
Estão dando interferência
Não quero voltar
Não quero ficar aqui sozinha
Vou cortar essa linha!
Cadê a minha cabeça?
Fugiu do meu corpo e
Levou aquela consigo
Quem disse que eu quero ficar com essa?
A mão sempre aberta
O coração trancado
Ninguém entra
Ninguém sai
Mas tenta fugir
Eu sigo vivendo, aqui
A vida que eu mesma escrevi


Beijos e até!

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