segunda-feira, 11 de maio de 2009

Uma Palavra

Encantamento

Feitiço
Que me pegou pelos ouvidos
Notas de encantamento
Talvez
Pelo reflexo no espelho
Do moço
Já que
Eu também
Não sei medir
Nem tempo
Nem medo...

Um grande beijo!

O Velho e o Moço
Rodrigo Amarante


Deixo tudo assim
Não me importo em ver a idade em mim
Ouço o que convém
Eu gosto é do gasto

Sei do incômodo e ela tem razão
Quando vem dizer, que eu preciso sim
De todo o cuidado

E se eu fosse o primeiro a voltar
Pra mudar o que eu fiz
Quem então agora eu seria?

Ahh, tanto faz
E o que não foi não é
Eu sei que ainda vou voltar
Mas eu quem será?

Deixo tudo assim, não me acanho em ver
vaidade em mim
Eu digo o que condiz.
Eu gosto é do estrago.

Sei do escândalo e eles têm razão
Quando vem dizer que eu não sei medir
nem tempo e nem medo

E se eu for o primeiro?
A prever e poder desistir
do que for dar errado

Ahhh
olha, se não sou eu
quem mais vai decidir
o que é bom pra mim?
Dispenso a previsão

Ahhh, se o que eu sou
É também o que eu escolhi ser
aceito a condição

Vou levando assim
Que o acaso é amigo do meu coração
Quando fala comigo, quando eu sei ouvir.

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