quinta-feira, 16 de maio de 2013

Barafunda

Des-dois

Se não caem bem os versos
Troco a folha
Mando em branco
Ou rabisco o que for
Não importa
A nota de rodapé é sempre a mesma
PS: I love... who?
E mesmo sendo a mais mera das mortais
Pra você nem sou
As linhas parecem retilíneas demais
Mesmo em frases férteis
Pra você mono
Monólogo
Monossílabo
Monalisa sem mistério
Concretando o abstrato de Monet
Sepultando Bukowski em cova estéril e rasa
E porque não nos acusar de doida distônica sintonia?
Aí, tenho por certo que até Freud  endossaria
Mas voltando à vaca fria
Como posso libertar-me com palavras
Escrevendo o que sinto
E dispensando a ditadura que me vem imposta
Há tanto tempo...
Como posso?
Sendo a antítese de Amado
Sem paisagem
Sem flor
Poeta cega de amar
Que só tem olhos para o amor
Num grande sertão das palavras
Nessas veredas já tão distantes daí






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