Amorfagia
Carne de primeira
Preparada para ser devorada
Amaciada sem pancada
Carne trêmula
Nervos expostos
Pedintes
O recheio é o que importa
Quanto mais melhor
Malvada carne
Tinhosa
Forte produção de saliva
Sal na boca
Tempero nas mãos
Cortada de leve
Degustada aos poucos
Rins, Fígado
Coração
Saídos de mim
Agora em ti
Vivem a pulsar
Um grande beijo!
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
sábado, 17 de setembro de 2011
Ciranda da Bailarina
Piscininha
Talvez minha sina seja
Me assustar
E bater em retirada
Talvez não
Talvez crie coragem
E me declare
Talvez dispare
Talvez
Um dia
Mulher
Ou sempre menina
Debaixo do tapete
Da saia
Do pano
Talvez um dia eu me jogue
Repita comigo:
"Eu sou uma piscininha"
Tchibum!
Talvez...
Um Grande Beijo!
Talvez minha sina seja
Me assustar
E bater em retirada
Talvez não
Talvez crie coragem
E me declare
Talvez dispare
Talvez
Um dia
Mulher
Ou sempre menina
Debaixo do tapete
Da saia
Do pano
Talvez um dia eu me jogue
Repita comigo:
"Eu sou uma piscininha"
Tchibum!
Talvez...
Um Grande Beijo!
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
João e Maria
Ponderar junto ao coração
Que não é hora de sentimentos
Mas sim de ação
É tão ou mais difícil
Que explicar a uma criança
Que aquela delícia de sorvete de chocolate
Só pode ser lambido e comido
Depois do brócolis...
Um grande beijo!
Que não é hora de sentimentos
Mas sim de ação
É tão ou mais difícil
Que explicar a uma criança
Que aquela delícia de sorvete de chocolate
Só pode ser lambido e comido
Depois do brócolis...
Um grande beijo!
Carioca
Da Janela
Fiquei olhando pela janela
Até que você sumisse em nuvens
Até que o azul do seu mar virasse couraça
Perto do sol e já longe
Eu perdia o Cristo de vista
Decidida pensei: "essa foi a última vez que parti."
O seu curso
Rio
Será minha casa
Um grande beijo!
Fiquei olhando pela janela
Até que você sumisse em nuvens
Até que o azul do seu mar virasse couraça
Perto do sol e já longe
Eu perdia o Cristo de vista
Decidida pensei: "essa foi a última vez que parti."
O seu curso
Rio
Será minha casa
Um grande beijo!
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
Ela Desatinou (IV)
Hoje eu me cansei da poesia. Nem menina do samba, nem olhos que sorriem, nada de hipnotizar. Me dispo do fracasso de não ser nada disso, me liberto dessa escravidão que é ser quem sou. Dispenso toda a intensidade que me é peculiar, me livro dessa sensibilidade exagerada.
Exagerada? Muitas vezes isso. Muitas vezes mais. Muitas e muitas, sem parar. Chega, quero ser padrão. Só por hoje.
Nada de ser polida e elegante.Não quero mais toda essa autenticidade, hoje quero ser multidão. Nem burra, nem inteligente. Gente.
Só por hoje queria ter um coração mediano, um coração que não abrigasse. Menos mel, mais fel.
Só por hoje, não cantar. Só por hoje não amar.
Anestesiar as revoltas, abstrair rejeições, transmutar sentimentos.
Entender o que acontece de errado. Repetir só o certo.
Menos bondade, mais salinidade.
Só por hoje.
Nem mais.
Nem menos.
Meio termo.
Água morna: nem parada, nem profunda.
Só.
Por hoje.
Por hoje, só.
Só por hoje.
Um grande beijo!
Exagerada? Muitas vezes isso. Muitas vezes mais. Muitas e muitas, sem parar. Chega, quero ser padrão. Só por hoje.
Nada de ser polida e elegante.Não quero mais toda essa autenticidade, hoje quero ser multidão. Nem burra, nem inteligente. Gente.
Só por hoje queria ter um coração mediano, um coração que não abrigasse. Menos mel, mais fel.
Só por hoje, não cantar. Só por hoje não amar.
Anestesiar as revoltas, abstrair rejeições, transmutar sentimentos.
Entender o que acontece de errado. Repetir só o certo.
Menos bondade, mais salinidade.
Só por hoje.
Nem mais.
Nem menos.
Meio termo.
Água morna: nem parada, nem profunda.
Só.
Por hoje.
Por hoje, só.
Só por hoje.
Um grande beijo!
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